Você não está surpreso por ser obrigado a ficar trancado em casa? Não te revolta o seu trabalho não ser considerado essencial? Não te transtorna o fato de você não poder sair de casa para comprar comida? Já era esperado!
Uma sociedade que teve sua educação fundamentada no relativismo humanista, propagando o jargão “tudo é relativo”, colherá frutos amargos, dentre os principais, a relativização de seus direitos outrora inalienáveis: igualdade, liberdade e propriedade.
O relativismo prega, resumidamente, a ausência de verdade absoluta em qualquer esfera da sociedade. Apoiada nele, nossa sociedade caminha a passos largos para uma completa depravação moral.
E o que a educação tem a ver com isso? A educação de qualquer sociedade reflete os padrões da própria sociedade que a abriga e a mantem. Se sabemos que em nossa sociedade, a estrutura da família está sendo atacada, as âncoras do comportamento estão sendo removidas, o encorajamento a disciplina pessoal tende a desaparecer e o individualismo egoísta é pregado, a filosofia de educação vigente tem responsabilidade direta nisso (PORTELA, 2012).
Olhe bem para a história. É fato que uma filosofia governamental sempre estabelece a filosofia educacional que, no seu tempo, reproduzirá o governo civil que se pretende para a próxima geração. Isto é, o resultado da filosofia de governo e de educação será manifestado de forma prática na qualidade da educação e, consequentemente, na atuação do governo civil (JEHLE, 2015).
A perda passiva de direitos que vemos hoje? Tudo estrategicamente planejado por uma filosofia governamental e bem executado pela sua filosofia educacional.
Por isso, pais e professores cristãos, resistam. Resistam ensinando que Cristo será sempre o sólido fundamento sobre o qual todo entendimento, sobre as mais variadas vertentes, deve ser construído. Resistam forjando o caráter de seus educandos na Verdade da Palavra, porque isso determinará não só o caráter da próxima geração, mas também o de seu governo civil.
Não simplesmente insiram a Bíblia no currículo, mas, sim, reestudem todas as disciplinas, apresentando-as biblicamente, como procedendo do Deus Soberano. Na AEP, como o próprio nome sugere, a abordagem educacional, a maneira como se educa e aprende, acontece “por Princípios”. Ela se utiliza de princípios, acontece mediante princípios, com base em princípios. Os porquês trazidos pela filosofia educacional serão respondidos a partir de princípios. Assim, os princípios (e o raciocínio a partir deles) são a essência de sua filosofia e direcionam todo o processo educacional numa perspectiva totalmente bíblica (CARTAXO; LIMA; RINALDI, 2018).
A aplicação destes 7 princípios como governamentais no processo de ensino-aprendizagem promove autogoverno e responsabilidade para cultivar igualdade, liberdade e prosperidade, resistindo as amarras do relativismo.
Resistam! Ensinem absolutos e inalienáveis. A próxima geração depende de vocês.
Referências Bibliográficas:
CARTAXO, LIMA, RINALDI. Abordagem Educacional por Princípios: um primeiro olhar. São Paulo: AECEP, 2018.
JEHLE, Paul. Ensino e Aprendizagem: uma abordagem filosófica cristã. Belo Horizonte: AECEP, 2015.
PORTELA, Solano. O que estão ensinando aos nossos filhos? Editora Fiel. São José dos Campos, 2012.