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Uma vida de aprendizagem: O coração da herança judaica

Não há nenhuma nação na história onde as crianças fossem tão conscienciosamente educadas como os filhos de Israel. A primeira referência à educação das crianças é encontrada em (Gênesis 18:19 – Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de ordenar a seus filhos e à sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agir com justiça e juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado).

Os filhos de Abraão deveriam “guardar o caminho do Senhor” entre as nações. Deus disse a Abraão que Ele faria dele uma grande nação e nele seriam abençoadas todas as nações da terra. (Gênesis 18: 18). Os descendentes de Abraão acreditaram que foram escolhidos por Deus para esta tarefa especial, e que a Torá foi dada para manter eles no caminho. (Salmo 119: 105)

Como povo da Aliança do Deus Vivo, todos deveriam ser educados. O propósito primário da educação na antiga cultura hebraica foi para ensinar toda a criança no conhecimento de Deus (Provérbios 1:7; Eclesiastes 12:13) para obedecer e servir ao longo da vida.

O objetivo da aprendizagem era a santidade na vida – ser separado para Deus em todas as dimensões da vida. Não é nenhum boato ocioso que os judeus desde a infância eram treinados para reconhecer Deus como Pai e Criador do mundo, e que tendo sido ensinado o Conhecimento da Torá desde os primeiros anos, eles carregaram em suas almas a imagem de Seus mandamentos.

(Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos – Deuteronômio 11:18)

Visão mundial das crianças na antiguidade pagã

Na antiguidade, as crianças eram consideradas de muito baixa estima. Aos olhos dos adultos, eles não tinham valor e sua individualidade era raramente valorizada. Na maioria das culturas, as crianças eram descartáveis. Bebês indesejados foram expostos ao “tempo” e deixados para morrerem, ou eram mortos, sacrificados a ídolos ou criados para serem vendidos como escravos. Na cultura romana, as meninas eram apenas como números, eram contadas a partir do terceiro ou quarto filho! Weber (p.6) observa que o recém-nascido era colocado aos pés do pai. Se o pai não pegar o bebê e reconhecê-lo, ele era deixado para morrer. O verbo latino “elevar” (‘Suscipere’) tornou-se sinônimo de sobrevivência. Nas escolas romanas, as crianças eram flageladas diariamente. Na antiguidade clássica, a posição das mulheres, a escravidão, a educação das crianças, sua relação com os pais e o estado de moralidade pública revelam uma cosmovisão pagã mesmo entre as classes mais altas dos maiores sábios, poetas, estadistas e historiadores. Edersheim (Sketches, p.116) afirma: “Para tal mundo, havia apenas uma alternativa – ou o julgamento de Sodoma ou a misericórdia do Evangelho e da cura da Cruz”. Foi neste mundo que Deus enviou Seu único Filho, Jesus Cristo.

Visão hebraica das crianças

É significativo notar que em todas as civilizações antigas, apenas os judeus e talvez um antigo bárbaro germânico Tribo (Tácito) detinha crianças em alta estima e considerava um crime matar seus filhos! Edersheim (Esboços, p.84). Observa-se a grande distinção que dividia toda a humanidade em judeus e gentios não só religiosa, mas social. Não só eram cidades, aldeias, edifícios, ruas, regras, costumes do povo muito diferentes, mas a vida familiar. Era um contraste com o que era visto em outros lugares. De todos os lados havia evidências de que a religião na cultura judaica não era apenas um credo nem um conjunto de observâncias, mas que permeava todas as relações e dominava cada fase da vida!

A criança entre os Judeus

“Pela fé Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.” Hebreus 11:23

Texto traduzido por Kátia Tavares professora de inglês Educação Infantil e fundamental 1 Colégio Batista Getsêmani. Belo Horizonte/MG